segunda-feira, 29 de março de 2010

Redes Sociais...

Piolho, piolho!
Você quer ver um piolho
No pelo da minha pubis
No pelo da minha pubis

Que olho, que olho!
Você pensa que tem olho
Você pensa que tem olho
Que tem olho de olho mágico

Você quer me ver vivendo
Algo patético ou trágico
Você pensa que eu estou no big brother
Você pensa que eu seria um grande irmão
Você pensa que eu estou fora de moda
Porque ainda considero a solidão

Que molho, que molho!
Quer ver o dente de alho
Quer ver o dente de alho
Refogando meu repolho

Quer alho, quer alho!
Quer pimenta malagueta
Quer que eu chupe uma chupeta
Que que eu imite um zarolho

Quer meu álbum de retratos
Remexer minha gaveta
Arrumar o meu armário
Refazer meu guarda-roupa
Andar na minha lambreta
Você quer a rima fácil
Como eu fosse um poeta
De proveta ou de prancheta

Que saco, que saco!
Como se isso fosse naco
Como se isso fosse nesga
Como se isso fosse fresta

Que saco, que saco!
Como se isso fosse um jeito
De você bisbilhotar meu silêncio
Ou minha festa
Eu estou lhe dando tudo
Eu estou me dando todo
O meu celular me cola
Inteirinho em seu roteiro
Não precisa me editar
Filmei tudo o tempo inteiro
Quero ver quem ver primeiro
Até onde eu vou chegar

Primeiro, primeiro!
Quero ver quem ver primeiro
Até onde eu vou chegar
Até onde eu vou chegar
Meu retrato celular
Retrato celular.

(Música "Olho Mágico" - Gilberto Gil)


http://www.youtube.com/watch?v=f_1IIN4_2u4

¬¬

é isso aee!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O Ócio Criativo



"Domenico De Masi, sociólogo italiano, um dos mais conceituados e polêmicos teóricos das modernas relações entre o homem e o trabalho, pontua nesse livro, um tipo de ócio diferente do que a palavra inspira - muita sombra, água fresca e nenhuma ocupação para o resto da vida.

Sob o ponto de vista comum, ele pontua que o ócio pode transformar-se em violência, neurose, vício e preguiça. O ócio criativo que o autor defende, está associado à criatividade, à liberdade e a arte.

As máquinas, por mais sofisticadas que sejam, não poderão substituir o homem nas atividades criativas. Desse modo, o futuro pertence àqueles que forem mais capazes de oferecer serviços do tipo intelectual, cientifico e artístico adequados às necessidades variáveis e personalizadas dos consumidores.

O ócio criativo une o trabalho com o estudo (conhecimento) e o lazer (jogo e diversão). Podemos organizar nosso tempo e fazer com que todos os três coincidam. Esta é a única forma de produzir idéias geniais. Para isso é necessário libertar-se da idéia tradicional de trabalho como obrigação ou dever e oportunizar uma mistura de atividades, onde o trabalho se confunde com o tempo livre, o estudo e o jogo. Por exemplo, ao dar uma aula o profissional deve priorizar a criação de um valor, associando divertimento e formação. Acrescenta que tanto no tempo em que se trabalha, quanto no tempo vago, fazemos menos coisas com as mãos e mais coisas com o cérebro, ao contrário do que aconteceu por milhares de anos. Utilizamos o nosso cérebro nas atividades que realizamos, mas; as mais apropriadas e valorizadas no mercado de trabalho, são as atividades criativas.

Ele pontua que as empresas da era pós-industrial, voltadas para a produção de bens imateriais (valores, serviços, informação, estética, etc.) dependem da criatividade para permanecer no mercado. Propõe então uma revisão das regras que controlam a produção intelectual, enfatizando que o controle não serve para nada, senão para inibir a criatividade.

Concluindo, ressalta que se pode viver o ócio de diferentes formas, como por exemplo, roubando, violentando, tirando vantagem, explorando... Mas pode-se também vivê-lo de forma assertiva, com vantagens para si e para os outros, sem prejudicar ninguém, favorecendo a plenitude do conhecimento, a felicidade e a qualidade de vida. O ócio que ele defende é o ócio criativo, uma forma inteligente e construtiva de utilizar o tempo."

(Resumos e revisões curtas: http://pt.shvoong.com/books/385578-%C3%B3cio-criativo/)



Mente da Ná...

Refletindo...

Após uma conversa com meu pai (que está lendo esse livro), a respeito do pensamento do grande sociólogo Domenico de Masi (veja também "Diálogos Criativos" - Domenico de Masi e Frei Betto), andei refletindo sobre isso, e acho que é uma idéia revolucionária da sociedade atual.
Nos deparamos todos os dias com profissionais estressados, empregados que só reclamam e sentem como um martírio o fato de ter que trabalhar para obter dinheiro. Muitas vezes o trabalho não se torna mais tão produtivo, feito de qualquer jeito. As pessoas não despejam amor naquilo que executam, passam a vida apenas seguindo uma rotina de cão imposta por uma sociedade.

É tempo de mudar esses parâmetros. Como diria Oscar Wilde: "Viver é a coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas apenas existem." E para continuar existindo é necessário se adaptar às regras, é preciso trabalhar, é preciso ter dinheiro. O "viver" passou a ser atribuído aos momentos que não se trabalha, ou seja, decorrente dos pequenos momentos que nos restam de hora livre: fins-de-semana, feriados, férias. A vida é muito curta para se perder tanto tempo assim.

Portanto, viva o ócio criativo!

A libertação da criatividade, utilizando desses momentos a inspiração e o estímulo necessário para uma excelente atuação profissional. Chega de pensamentos revoltosos quanto ao "trabalhar" do homem. Uma nova proposta de vida, atribuir prazer àquilo que executamos, trabalhar visando um objetivo final, e ter tempo saudável para pensar e desenvolver essas idéias. Deixar nossa marca, e ser feliz por ter vivido inteiramente tal projeto.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Am...


Aaaaaam...

Amar!
É estar perto de quem se gosta.
É cuidar.
É amar!
Aaaaaaam...

O Amor é...
quando ele acontece.
Quando parte do coração
sem perceber.
O Amor...
flui!
Livre
leve
solto
.
.
.

Não
tem
pressa... .. . .


Ammmmmmmmmmm...

Amor!

"Spectacle de la vie!"

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O Doce Sabor da Mentira


A seguir uma matéria do UOL Tablóide que muito me interessou. "Toda a verdade sobre a mentira", contraditória, porém, fundamentada.
Diariamente recebemos informações por todos os lados: internet, rádio, televisão... mundos distintos capazes de se propagarem através de simples aparatos, aparelhos; indispensáveis a qualquer cidadão moderno.
Com tal facilidade a essa rede de novidades e entretenimento, estamos expostos a qualquer coisa. Da mesma forma que é possível ler um jornal online, com notícias do mundo, política, etc; podemos passar o tempo assistindo a videos bizarros de anonimatos em busca de fama, através do YouTube; ou seja, realidade e fantasia a disposição.
Mas o que venho a questionar não cabe a essa vastidão dos meios comunicativos. O assunto em pauta é a mentira.

"A mentira da sobrevivente de 11 de setembro
E está na Folha de S.Paulo (Ilustrada) de hoje:
"
Tania Head se tornou nos primeiros anos após o 11 de Setembro a mais célebre sobrevivente do ataque às Torres Gêmeas. Sua história de superação e perda -enquanto ela fugia, ferida, do 78º andar da torre sul, o noivo, David, morria na torre norte- chegou a milhares de pessoas no mundo todo.
Em pouco tempo, ela se tornou presidente da associação de sobreviventes. Chegou a ser recebida por políticos de primeira grandeza dos EUA. Só em 2006 a verdade veio à tona. Tania Head nunca existiu.
A mulher loira, baixinha e gordinha que causou tanta compaixão e admiração no país se chama, na verdade, Alicia Esteves Head. É espanhola e nem sequer estava em Nova York quando o World Trade Center foi destruído. A família do suposto noivo jamais ouvira falar dela. Os e-mails semanais que enviava a outros sobreviventes narrando a luta para livrar-se do trauma eram fantasia.
A saga de uma das mentiras mais bem contadas da última década será exibida hoje às 21h pelo canal pago GNT, na estreia do documentário 'A Impostora do 11/9'. Uma mistura de imagens de arquivo, entrevistas e depoimentos de sobreviventes (verdadeiros), o filme trabalha bem com elementos de tensão e emoção, e não só pela sensibilidade do tema ou pelos contos reais de heroísmo.
(...)
Mesmo depois de saber a verdade, muitos mantiveram dose de gratidão, como a sobrevivente Carrie Sullivan. 'Ela fez muitas coisas boas por nós. E é difícil descartar tudo isso', diz.
Tania colaborou de verdade. Não só doou dinheiro como transformou o grupo de sobreviventes em uma organização oficial. Obteve financiamento do governo. Conseguiu permissão para a primeira visita de sobreviventes ao marco zero, em 2003. Foi guia voluntária do local -os primeiros a ouvi-la foram o prefeito Michael Bloomberg e o ex-prefeito Rudolph Giuliani, durante inauguração do memorial pelas vítimas.
Alicia deixou os holofotes sem nunca se explicar. Como jamais lucrou financeiramente, seu comportamento nos EUA não foi criminoso. Acredita-se que ela tenha deixado o país."
(Falta de) conclusões do Editor do UOL Tabloide:
Por que as pessoas mentem, afinal?
Há mentiras que são boas?
O ser humano mente por natureza?
Você mente?
O título deste post é uma mentira - afinal, não existe verdade absoluta sobre a própria verdade, que dirá sobre a mentira. Ou melhor: o título deste post é uma liberdade poética, porque mentir é feio.
Mentir é feio? Se sim, por que você mente?"

Você mente?
Sim, isso não significa que seja um mentiroso.
Você mente, "epopeiza", conta vantagem?
Agora você é um idiota, mas desde que não diga mentiras sobre alguém, pode ser perdoado mas ainda vai ser um idiota e pior, as pessoas não confiarão em você.
Mente ou omite?
Às vezes não precisamos sair dizendo tudo, não é mesmo?
Aquela mentirinha bobinha, pra evitar uma situação constrangedora, tal mentirinha bobinha de algum acontecimento sem importância, que não mudará a vida de ninguém. Essas são metralhadas o tempo todo!
Grande mentira, gera polêmica, causa euforia. Mentira que vem para o bem, sem que haja proveito em cima disso, como o caso da falsa sobrevivente do 11 de Setembro, relatado acima.
Agora, a mentira em grau avançado ganha subdefinições, quando sua prática é intensa e vem a interferir na vida das pessoas, se acrescentam títulos: traição, corrupção, calúnia, "lavagem", "laranja". Esses títulos ao se juntarem, formam uma nova rede derivando a mentira em forma de instituições, que massificam sua mentirada em grupo, Partidos Políticos é o top dessa categoria.

O que está nos EUA, Europa, Ásia, ditam uma tendência de mundo, acontecimentos e mentiras que refletem paralelamente às nossas vidas. Do Planalto, já esperamos o próximo escândalo, estamos tão acostumados, que muitos nem se preocupam em "esquentar" com isso. Algo deve ser feito, só que diante do egoísmo a mentira permanecerá intacta, abstratamente um aparato, aparelho da humanidade.

A mentira é bela, é doce e sensível como fantasia... ganha forma, ganha vida, nos prende e nos conquista. Os sonhos que nos levam a buscar objetivos, correm risco de se perder na realidade. Enfrentar os desafios é duro, não são todos que têm determinação ou sorte de alcançá-los... A mentira é triste para os que a amam, se sufocam nela e seus pés são arrancados do chão, selvagem te prende pelo pescoço, e é preciso força para sair, antes que se perca os sentidos nesse rodamoinho.

Triste é aquele que mente.

Triste, é não ter uma solidez de valores e sentimentos verdadeiros, que libertam a mais pura felicidade.

Triste, é não ter uma vida estimulante, repleta de amor e alegrias.

Triste é ter que mentir.

Triste é mentir para si.

Triste é nem sequer se dar conta disso.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Vacas (Parte I)


"São máquinas eficientes para a transforma-ção de erva em leite. E têm, se compara-das, com outros tipos de máquina, vantagens indiscutíveis. Por Exemplo: são auto-reprodutivas, e quando se tornam obsoletas, o seu "hardware" pode ser utilizado na forma de carne, couro e outros produtos consumíveis. Não poluem o ambiente, e , até seus refugos podem ser utilizados economicamente como dubos, como material de construção e como combustível. O seu manejo não é custoso e nao requer mão-de-obra altamente especializada. OSão sistemas estruturalmente muito complexos mas, funcionalmente, extremamente simples. Já que se auto-reproduzem, e já que, portanto, a sua construção se dá automaticamente sem necessidade de intervenção de engenheiros e desenhistas, esta complexidade estrutural é vantagem. São versáteis, já que podem ser utilizadas também como geradores de energia e como motores para veículos lentos. Embora tenham certas desvantagens funcionais (por exemplo: sua reprodução exige em si máquinas antieconômicas, "touros" e certos distúrbios funcionais exigem intervenção de especialistas universitários, de veterinários, caros), podem ser consideradas protótipos de máquinas do futuro, que serão projetadas por uma tecnologia avançada e informadas pela ecologia. Com efeito, podemos afirmar desde já que vacas são o triunfo de uma tecnologia que aponta o futuro.


Se considerarmoso seu "design", a nossa admiração pelo inventor da vaca ainda aumenta. Embora se trate de máquina altamente automatizada e controlada por computador instalado dentro da própria máquina (cérebro), e embora o seu funcionamento esteja garantido por sistema cibernético de equilíbrios elétricos e químicos altamente refinados, a forma externa da máquina é de simplicidade e economia de elementos surpreendentes e altamente satisfatórios esteticamente. A impressão que a vaca deixa é a de uma obra bem integrada em si e dentro do seu ambiente. O seu "designer" não se deixou influenciar por tais ou quais tendências estéticas da atualidade (embora possamos descobrir no desenho da vaca certos elementos barrocos indisfarçáveis, e embora seu desenhista traia a influência de certas tendências biologizantes di século passado), mas o "designer" seguiu intuição estética caracteristicamente sua. Por exemplo: a mobilidade elegante do rabo contrasta com a maciça imobilidade do resto da obra e cria tensão apenas sugerida por Cálder e seus seguidores. Mas o que impressiona mais no "design" da vaca é isto: a surpreendente gama de variações que o seu protótipo permite. O protótipo é fundamentalmente simples (tem sido elaborado, por exemplo, por Picasso nas Tauromaquias), mas tal simplicidade mesma permite um número grande de estereótipos diferenciados. Trata-se, no protótipo da vaca, de autêntica obra aberta. Há, entre os estereótipos diferenciados. Trata-se, no protótipo da vacam de autêntica obra aberta. Há, entre os estereótipos, os que se adaptam a mentalidades nacionais e até regionais (vaca suíça, holandesa, inglesa), os que se adaptam paisagisticamente (vacas dos Alpes, dos prados, das estepes), e até estereótipos baratos destinados aos povos subdesenvolvidos (zebu, vaca centro-africana)."
(Flusser, Vilem. Natural:mente - Vários acessos ao significado de natureza. Livraria Duas Cidades, 1979, SP)
Lindo!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sou assim? Assim sou?


Quero ser quem sou. Mas quem sou?

Sou serena, bela, delicada... Sou nervosa, rancorosa, agitada?

Quem sou eu mesma?

Aquilo que sei posso não saber, o que sinto posso não ter, o que faço posso não fazer e o que sou posso não ser... O que posso ser?

Abstrato em que me guio, assumindamente variável, transformando-se diante de situações. Não quero mais mudanças, quero apenas um só. Definição do meu caminho, passo-a-passo moldando minha estadia, polindo levemente meu caráter.

Sou assim? Assim sou? Apenas isso?

Não quero mais ser quem sou, este ser estatelado sobre dúvidas e questionamentos. Quero soluções, respostas sensatas... basta, dilúvio de pensamentos!

Vácuo... Vácuo...

Ócio... Vazio... Zero... Nada... NADAAA!!!

Recuso informações, instintivamente na selva, estimulada na estrada, atenta ao som... à luz... à sintonia da paisagem...

Comunicam-se com meu corpo, com minha mente, impossível obter o nada, a estaca zero é barrada frente aos estímulos que me ocorrem.

Quero dormir.

Os sonhos constroem suas sequências. Mas o que importa? Tão particular sua lógica, a essência mais pura e verdadeira. Sim, ali há quem sou! Quiçá o único memento...

O cerco me joga, penetra em minha pele, no ar que respiro, reflete a dor, a alegria. Constroe a idéia, permite a ação. O meio determina minha alma.

O meio. O senhor do meu ser...

O meio...

O senhor dos seres...

O céu, o sol, o mar, as estrelas, lua, flor, universo.

O granito, o muro, a parede, o concreto, a minhoca metálica, o chão impermeável...

São senhores dos seres...

Então, quem sou? Ou quem somos?

Servos do meio?

Servos do meio...

Únicos, do todo, sim somos únicos.

Enfim, sei. Do que sou, me restará muito, porém serei mais. E do que serei terei o que sou, assim se faz a estrutura de um ser, que sempre será e sempre se estruturará levando consigo o que é!

Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, Brazil
Amante do que me faz sonhar... 19 anos, carioca "paulistana". Variados pensamentos, algumas idéias malucas que surgem do nada, ou coisas interessantes e engraçadas as quais fazem parte do cotidiano, coisas da vida, da mente. Da minha mente. Da mente da Ná! Multipensamentos... Multicoloridos... Multi... Multi... Multimeios!