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quarta-feira, 25 de março de 2009

Sou assim? Assim sou?


Quero ser quem sou. Mas quem sou?

Sou serena, bela, delicada... Sou nervosa, rancorosa, agitada?

Quem sou eu mesma?

Aquilo que sei posso não saber, o que sinto posso não ter, o que faço posso não fazer e o que sou posso não ser... O que posso ser?

Abstrato em que me guio, assumindamente variável, transformando-se diante de situações. Não quero mais mudanças, quero apenas um só. Definição do meu caminho, passo-a-passo moldando minha estadia, polindo levemente meu caráter.

Sou assim? Assim sou? Apenas isso?

Não quero mais ser quem sou, este ser estatelado sobre dúvidas e questionamentos. Quero soluções, respostas sensatas... basta, dilúvio de pensamentos!

Vácuo... Vácuo...

Ócio... Vazio... Zero... Nada... NADAAA!!!

Recuso informações, instintivamente na selva, estimulada na estrada, atenta ao som... à luz... à sintonia da paisagem...

Comunicam-se com meu corpo, com minha mente, impossível obter o nada, a estaca zero é barrada frente aos estímulos que me ocorrem.

Quero dormir.

Os sonhos constroem suas sequências. Mas o que importa? Tão particular sua lógica, a essência mais pura e verdadeira. Sim, ali há quem sou! Quiçá o único memento...

O cerco me joga, penetra em minha pele, no ar que respiro, reflete a dor, a alegria. Constroe a idéia, permite a ação. O meio determina minha alma.

O meio. O senhor do meu ser...

O meio...

O senhor dos seres...

O céu, o sol, o mar, as estrelas, lua, flor, universo.

O granito, o muro, a parede, o concreto, a minhoca metálica, o chão impermeável...

São senhores dos seres...

Então, quem sou? Ou quem somos?

Servos do meio?

Servos do meio...

Únicos, do todo, sim somos únicos.

Enfim, sei. Do que sou, me restará muito, porém serei mais. E do que serei terei o que sou, assim se faz a estrutura de um ser, que sempre será e sempre se estruturará levando consigo o que é!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Toda essa Matéria em um Mundo Consumista


"Todo dia é inventada uma nova máquina super-poderosa. Os antigos brinquedos de madeira nem são mais lembrados ao chegar o encomendado Playstation 2 que o papai comprou.
A mamãe na cozinha está entretida com o liquidificador que tritura, rala, espreme e é auto-lavável. Enquanto isso os amigos do papai chegam na casa para ver o carro novo da família; afinal foram comunicados através de seus BlackBerry. Poderiam estar juntos os três... mas não foi dessa vez."
Uma cena descrita, muito comum nos dias de hoje. As pessoas foram passo a passo sendo moldadas à ideologia "Mais barato, mais barato...", "Leve dois, pague um...". O materialismo se tornou a religião oficial de muita gente; e ainda mais que isso, as conversas entre amigos, o interesse ao se aproximar de alguém. O material sempre como objetivo do fim do mês.
Será que esse mundo palpável é tão mágico quanto a fantasia dos sonhos ? O desejo de subir no topo mais alto da montanha e levar consigo todas as lições e aprendizados do caminho?
O espírito pede mais que um pedaço de metal, barreira de concreto. O corpo pede vida, pede saúde; a mente pede conhecimento, cultura. Nós precisamos viver as pequenas coisas da vida, aproveitar não só o produto final e sim todas as emoções do processo, cada etapa com suas falhas e acertos, assim conquistar a vitória.
Não se pode deixar o tempo ir embora apreciando aquilo que não levaremos a lugar algum; afinal, morreu, fica tudo aí! O que realmente importa, os verdadeiros valores do ser humano; o amor, as amizades, as lembranças felizes ou tristes, tudo que faz parte da vida. Essas lembranças sim, permanecerão para sempre em nossos corações, por onde andarmos nada nem ninguém vão tirá-los nós. Serão eternos por toda Terra... talvez em outro mundo também. Talvez além até do que se espera após a morte... em uma outra dimensão.
PS: Um comentário muito interessante a respeito deste assunto em: http://www.portaldafamilia.org/artigos/artigo178.shtml
"O Poder e a Gaveta do Caixão" por Floriano Serra - Psicólogo, Diretor de Recursos Humanos e Qualidade de Vida da APSEN Farmacêutica e presidente do IPAT -Instituto Paulista de Análise Transacional.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Monólogo da Dona Loba


Querido Lobo por onde andou?
A floresta não é mais a mesma meu amor.
E se você se perdesse?
Os animais de hoje não são mais confiáveis como os de antigamente.
Fez o seu dever do dia?
Enterrou o osso, protegeu sua família, caçau o almoço?
Querido Lobo não se esqueça, aqui em casa você põe a comida na mesa.
Vá dormir e descançar, amanhã tem que trabalhar.
Pegou a raposa meu bem?
Já falei que coelho não mata a fome.
E minha coleira de pérola?
Preciso de mais do que somente aquilo que se come.
Domingo você chega mais cedo?
Os Lobinhos querem brincar.
Não tenho pique para eles, e é você quem sabe jogar.
Lembra da nova TocaCenter?
Quero ver o que tem de novidade.
As Lobas todas comentando, TocaCenter é de qualidade!
Meu bem... preciso correr por esse bosque inteiro.
Muita carne embaixo desse pêlo!
Querido Lobo, ta me ouvindo?
Óh, como é frio esse animal!
Não sabe o quanto esse desprezo me faz mal.
Dormiu, nem ligou para o que eu dizia.
Bem que minha mãe Loba falava:
"Os Lobos são todos iguais minha filha."
Hum, o Lobo da Loba vizinha é muito mais generoso.
Todo cavalheiro, oh Lobo cheiroso!
Talvez tomar aquele leite com ele qualquer dia não seria mal!
Querido Lobo pode não gostar.
Passa fora o dia todo, nem ia notar.
É, essa é a vida que eu escolhi.
Há tantos Lobos vivendo o mesmo por aí.
Pare de besteira Loba resmunguenta!
Deixa eu dormir que a cama me esquenta.
Nossa, que belo luar...
ARRRG... Deixa eu dormir, que amanhã é dia de uivar!

Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, Brazil
Amante do que me faz sonhar... 19 anos, carioca "paulistana". Variados pensamentos, algumas idéias malucas que surgem do nada, ou coisas interessantes e engraçadas as quais fazem parte do cotidiano, coisas da vida, da mente. Da minha mente. Da mente da Ná! Multipensamentos... Multicoloridos... Multi... Multi... Multimeios!